CÁRCERE
O passarinho canta ao novo dia
desperto pela luz. Esta ilumina
ao fundo a cela da delegacia
onde a gaiola pende pendurada.
Ouvindo o canto quem é que imagina
que o canto brota de ave engaiolada?
Engaiolada a ave canta. Ignora
se aquele dia alguém se lembrará
de fazer-lhe a limpeza da gaiola
e dar-lhe ração... água... E oxalá
quem ouça seus trinados se aperceba
do quanto é bela a vida e agradeça
ao Pai que nos criou e que a soberba,
o cárcere interior, desapareça.
Diógenes Pereira de Araújo
O passarinho canta ao novo dia
desperto pela luz. Esta ilumina
ao fundo a cela da delegacia
onde a gaiola pende pendurada.
Ouvindo o canto quem é que imagina
que o canto brota de ave engaiolada?
Engaiolada a ave canta. Ignora
se aquele dia alguém se lembrará
de fazer-lhe a limpeza da gaiola
e dar-lhe ração... água... E oxalá
quem ouça seus trinados se aperceba
do quanto é bela a vida e agradeça
ao Pai que nos criou e que a soberba,
o cárcere interior, desapareça.
Diógenes Pereira de Araújo