O meu panteismo
Almejo como jovem, voar n'asa
De um carcará, águia ou de um condor,
Porque minha vida hoje é seca, é brasa,
É substância irmã gêmea da dor.
Que tenho feito? N'agua me pergunto.
Aqui venta e aqui flui meu pensamento!
Se a vida finca a mata, eu morro junto,
No frio, vejo a volúpia do momento!
Pois Deus é bom, Deus é maravilhoso,
E somente essa visão do panteismo
Salva a singularidade do ser.
E Deus é o rio que para mata é honroso,
É o sol que permanece no otimismo,
Deus é a natureza, Deus é o viver