O meu panteismo

Almejo como jovem, voar n'asa

De um carcará, águia ou de um condor,

Porque minha vida hoje é seca, é brasa,

É substância irmã gêmea da dor.

Que tenho feito? N'agua me pergunto.

Aqui venta e aqui flui meu pensamento!

Se a vida finca a mata, eu morro junto,

No frio, vejo a volúpia do momento!

Pois Deus é bom, Deus é maravilhoso,

E somente essa visão do panteismo

Salva a singularidade do ser.

E Deus é o rio que para mata é honroso,

É o sol que permanece no otimismo,

Deus é a natureza, Deus é o viver

Kûatiasarusú
Enviado por Kûatiasarusú em 26/08/2020
Código do texto: T7046622
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