Como não chorar...

 
Se estamos distantes e não podemos sequer, juntos, confortar...
Eles ausentem e nossos corações em lágrimas, abraços para ofertar
Nossos afetos reprimidos, sem poder compartilhar, pandemias envolvidas
Apenas fragmentos com alguns contatos virtuais, insônias mal contidas...

Familiares dispersos, num contexto obscuro e muito complexo
Não sabemos do amanhã, tudo muito confuso, conflitante e disperso
Escancaramos as janelas para que a brisa acariciante possa entrar...
E brilhar o sol, fluindo as alegrias e nos envolvendo num contagiar...

Vou olhar para as flores, ver vocês num contágio sublime de amores
Sentir o vento no rosto, o revoar das aves em especial das multicores
Sentir o orvalho da grama e a brisa no amanhecer, ver vocês sorrindo.

Em nosso precioso lar, compartilhando pequenas emoções e florindo.
Como nos arvoredos adormecidos e promissores, mas cheios de flores
Para proliferar num plantio promissor, desafiador e com múltiplas cores...










 
Texto e imagem: Miriam Carmignan