SONETAÇO 02
“Epigrama acróstico”
Feira de Vaidade, sim! – Terão que ser catorze
E sempre bem contados, sempre bem ritmados…
Importa, pois, metrificar como em simbiose,
Ritmada à maneira de metamorfose:
A regra de ouro é que sejam catorze, rimados!
- Dá-me jeito poetar… Mas só mesmo em sonetos!
Em sonetos! Mas… “catorze”, senão são versetos!
– Vai de retro, ó velho soneto, Sonetaço!
Andas de mão em mão – poesia de vanglória
Imersa em regras obsoletas de ruim memória…
Deita-te à sombra da bananeira, ó madraço
Andarilho, que vives à custa da tua fama
Desde aqueles tempos ancestrais do troca-ó-passo,
Entretém-te, por agora, neste meu epigrama!
Frassino Machado
In INSTÂNCIAS DE MIM