SONETO DE AGOSTO
E agora,minha voz é um resmungo
Fecho os olhos para o esquecimento
Aqui, a vida foi azul e eu comungo
Com a saudade a todo momento
Lá fora,o tempo é aquilo que esqueço
É aquilo que o silêncio desenha
Além do vazio,do vácuo,do avesso
Que a vida nos entrega como senha
Embora esteja longe da alegria
A vida é presente de todo dia
Embalando nosso sonho cristalino
É hora de contemplar a paisagem
Tirar todas as cinzas dessa viagem
Para que o azul seja a cor do nosso destino