A LIBERTAÇÃO DO SONETO
"A Saga de Galaaz"
Soneto meu, que te sentes agrilhoado
Na rocha da vanglória, desde há muito preso
Pela incúria dos bajuladores, e indefeso
Sem energia própria pra seres libertado…
Soneto meu, que te sentes acorrentado
P´ la abjecta estrutura e pelo vil desprezo,
Eu quero doravante, e sem menosprezo,
Ser teu herói e libertador apaixonado.
Quero lutar por ti e tirar-te da caverna
Aonde, desde há muito, jazes sem esperança
De refazeres teu corpo e ganhares confiança
À luz duma alma livre e muito mais moderna…
Quero tirar-te desse humilhante torpor
A que te reduziram os teus cultivadores,
Convencidos que seus talentos são primores,
Mas sem um mínimo de mestria e de louvor.
- Soneto meu, não mais a tua velha norma!
Em Galaaz eu me pretendo transformar
Pra que te possa, finalmente, libertar
Dando-te nova alma e renovada forma!
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA