A LIBERTAÇÃO DO SONETO

"A Saga de Galaaz"

Soneto meu, que te sentes agrilhoado

Na rocha da vanglória, desde há muito preso

Pela incúria dos bajuladores, e indefeso

Sem energia própria pra seres libertado…

Soneto meu, que te sentes acorrentado

P´ la abjecta estrutura e pelo vil desprezo,

Eu quero doravante, e sem menosprezo,

Ser teu herói e libertador apaixonado.

Quero lutar por ti e tirar-te da caverna

Aonde, desde há muito, jazes sem esperança

De refazeres teu corpo e ganhares confiança

À luz duma alma livre e muito mais moderna…

Quero tirar-te desse humilhante torpor

A que te reduziram os teus cultivadores,

Convencidos que seus talentos são primores,

Mas sem um mínimo de mestria e de louvor.

- Soneto meu, não mais a tua velha norma!

Em Galaaz eu me pretendo transformar

Pra que te possa, finalmente, libertar

Dando-te nova alma e renovada forma!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 20/08/2020
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