ONDE O CERRADO MORA

Uma secura à beira de um barranco

No entorno: ipês, buritis, e o pequi

Por todo lado o agigantado céu rubi

No horizonte, um devaneio franco

O dia acorda na alva, num só tranco

Onde ouve o canto da brejeira juriti

E o passeio do solitário macho quati

Ali, alvoraçando a vida num arranco

À tardinha, em romaria, o regresso

A melancolia deitada na rede, espera

O entardecer mais bonito, confesso!

Se crês na quimera, ela existe, porém:

É no torto do cerrado de falsa tapera

Onde mora, que há encanto também!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

18/08/2020, 15’17” – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/zhEpuH6X2v4

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/08/2020
Reeditado em 19/08/2020
Código do texto: T7039363
Classificação de conteúdo: seguro