Soneto do abandono
Era o vento que varria a rua
Levando tudo aquilo que podia
Só me deixou com saudades sua
Bagunçando a história da minha existência
Tudo que sobrou ficou retorcidos
A poeira cobria todo meu semblante
E o que vivemos não serás esquecido
Sabendo que a vida passa num instante
A desilusão é forte e braviu
Que ficou embaçado e a poeira cobriu
O que me resta é relembrar sua imagem
Meu coração está batendo mais fraco
E padecendo com dores virei mais um caco
A suspirar vou vivendo a minha viagem.