SONETO PESSIMISTA
SONETO PESSIMISTA
Não mais terão notícias minhas
Mesmo aqueles meus caros leitores;
Que leram em versos minhas dores
Sonhei a ventura qu’eu não tinha
Eu suporto um mal que me espezinha:
O de não viver grandes amores;
Conheci somente dissabores
D’uma vida tristonha e mesquinha
Triste como estes versos que ora lês
Leitor, bem sei que irás me perdoar
Vivo estou, mas sonho morrer de vez...
Ando, erro, perambulo cá e lá
Busquei em vão a minha sensatez
Também eu busco a mim (sem m’encontrar!)