Soneto a Fiódor Dostoiévski
Busquei o alimento da alma lendo a ti,
Profunda humanidade então senti
Nos teus livros, nascidos nas geladas
Plagas da Rússia, na mente gravadas...
Foste preso, e sofreste muito ali...
Retrataste, fulgor genial que vi,
Pessoas, na Sibéria, sentenciadas...
Como a ti, eram cruelmente esmagadas!...
Tu, que ensinaste a grande compaixão,
E mostraste as misérias desta vida,
És, da literatura, o gênio eterno!...
Tuas obras, para outros lumes, são
A alma humana profundamente lida...
Como um humanizante e árduo inverno.