PARKER SOLAR PROBE

Quando Parker Solar Probe do sol se aproximou

As asas de Ícaro encolheram-se de imediato

E Prometeu do próprio suplício se libertou

Deixando ao «homo cósmicos» o seu desiderato…

A Parker Solar Probe é outra nova Odisseia

A decorrer de ano para ano e sem cansaço;

Por ela toda a Cidade deixou de ser aldeia

E seu já é, e sempre será, todo o Espaço!

Quem com o «homo cósmicos» competirá?

Só ele, consigo mesmo, em louca aventura

Todavia, como Ícaro, se derreterá

Ou, como Prometeu, sofrerá nova tortura…

Enquanto pelo Espaço se vai desvanecendo,

De hora em hora, a sua ambição medonha

Este Planeta vai definhando e morrendo

Como que envolto numa taça de peçonha!

Ó Humano, ó humano, quem é que assim te fez

Legando-te, por livre arbítrio, essa vaidade?

Algum Ente superior… o próprio Deus talvez?

Porque não «dignificas» tu, essa Liberdade?

Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 13/08/2020
Reeditado em 13/08/2020
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