PARKER SOLAR PROBE
Quando Parker Solar Probe do sol se aproximou
As asas de Ícaro encolheram-se de imediato
E Prometeu do próprio suplício se libertou
Deixando ao «homo cósmicos» o seu desiderato…
A Parker Solar Probe é outra nova Odisseia
A decorrer de ano para ano e sem cansaço;
Por ela toda a Cidade deixou de ser aldeia
E seu já é, e sempre será, todo o Espaço!
Quem com o «homo cósmicos» competirá?
Só ele, consigo mesmo, em louca aventura
Todavia, como Ícaro, se derreterá
Ou, como Prometeu, sofrerá nova tortura…
Enquanto pelo Espaço se vai desvanecendo,
De hora em hora, a sua ambição medonha
Este Planeta vai definhando e morrendo
Como que envolto numa taça de peçonha!
Ó Humano, ó humano, quem é que assim te fez
Legando-te, por livre arbítrio, essa vaidade?
Algum Ente superior… o próprio Deus talvez?
Porque não «dignificas» tu, essa Liberdade?
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA