A NATUREZA E SUAS PAIXÕES

Olhando um sapo penso eu: pobre coitado!

Não deve ter amor, não deve ter carinho

Com aquele jeito estranho vive tão sozinho,

É assim que eu penso desse desajeitado.

Mas eis que pela noite o vejo enamorando,

E me pergunto então se a felicidade

É imune às aparências e, entre nós quem há de

Duvidar da natureza e do seu mando.

Quem há de duvidar que deve haver em nós

Duas cordas que se amarram pelos nós

Da força universal que é o amor.

As diferenças nossas são todas iguais

Quando nós nos comparamos aos animais

Onde as paixões têm o envolvimento e o motor.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 13/08/2020
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