Sonho ou Realidade
Meditei em meio a noites angustiantes
De rútila esperança e espirituais,
E caminhava rijamente, mais
E mais, sentindo eternos os instantes...
Pela filosofia e elãs amantes
Eu era movido, e sonhos imortais...
Não esquecerei o tempo arcano jamais,
No invisível, vi humanos os semblantes...
Então, pensava, qual será a razão
Do mal e do sofrer? O fim é o nada...
Outra coisa dizia a clara visão.
Apertava-me o peito o breu tristonho,
Mas a luz racional do amor era amada...
E o suposto real era apenas sonho.