Quem é poesia
Te amo, porque quando me olhas estremeço
E o vão visgo do inconfundível me desnorteia
Em tal profundidade que quase desfaleço
E teu abraço em amparo me serpenteia
Ó céus! Que coisa irreal essa louca sensação
Que pula o peito, enfeitiça a alma e salta à boca
Mas que dá ao dia um gosto de transgressão
Daquela gostosa que nada tem de coisa pouca!
Arde qual sol quente de verão ao meio dia
Solapando as dúvidas no mais profundo
Do meu pensamento esguio em folia
Quiçá serei arremessada sem dó nos encantos
Dessa doce paixão e perder-me no mundo
Das palavras expressas num tal de recanto!
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