SONETO DA SABEDORIA II
Guardava a sabedoria nos lábios
Observador atento e silente
Ouvia os ensinamentos dos sábios
Desviava se havia pedras à frente
Seguindo lições de bom navegante
Desafiava ventos e tempestades
Olhava a Lua em quarto minguante
Esperava na próxima as novidades
Não tinha um amor em cada porto
Não se encantava ao som de sereias
Não via oásis com sombras e conforto
Ignorava as vinganças e veneno
Ódio passava distante das veias
Dormia em paz, tranquilo e sereno