O MISTÉRIO ABOMINÁVEL
“A Era dos Buracos”
Novo Banco? Ah, mais velho que a Sé de Braga!
- Diz-me, ó Platero, se tu fosses mais avantajado
Não lhe darias um par de coices – como fraga –
Tal é a dureza com que ele anda mascarado?
- Ou não foras tu burro, que não visses os buracos
Quase tão grandes como o tamanho das suas paredes?
A continuar assim… em breve ficará em cacos
Se alguém não lhe puser por baixo certas redes!
- Que o segredo é a alma de qualquer negócio
Toda a gente está farta de saber, mas tanto?
Por ali há grande vigarice em cada sócio (?)…
E o “Fundo de Resolução” lá irá salvar o Banco?
Novo Banco? Só se veem máscaras a granel,
Enquanto muitos dos seus clientes são pedintes
Esperando, eternamente, pelo “seu papel” ...
Outro tanto há-de sobrar para os contribuintes!
- Platero, tu disseste Novo Banco? É lamentável
Que nesta “Era dos Buracos” não haja dura mão…
«Velho Banco», tal qual um mistério abominável
Cheio de vícios, de injustiças e de exploração!
Frassino Machado
In ODIRONIAS