Amar é um tecer

 
Emoldurando os belos retratos, nós os delineamos
Nossas escolhas, ponto a ponto, vamos chuleando...
E, quando erramos, desmanchamos e remontamos
Sem determinar um tempo na magia, nos ajustamos.


Com o passar das estações, vamos fluindo intrépidos
Atenções nos pequenos movimentos e nas revelações
Os encantos prazenteiros, desde os cheiros e as paixões
Aproximações silenciosas, com vibrações mais inquietas.


Mais refinamento com as individualidades dos amores
Sem deixarmos de “ser” e de existir nos compartilhamentos
Posturas mais aveludadas como nos perfumes das flores.


Tecer e levitar como nas paixões momentâneas e sem dores
Viver reescrevendo nos mistérios da peregrinação do tempo
Pequenos júbilos partilhados com a musicalidade e suas cores.








 
Texto: Miriam Carmignan
Imagem google