O muro da quinta

Tinta; é tanta tinta! O muro noto.

Boto meus olhos, coisa que requinta.

Printa uma efígie, tão logo a decoto.

Broto junto; minha alma é faminta.

Extinta a escória; agora bela foto.

Adoto a cor; meu ser então se pinta.

Tilinta o coração; de encanto loto.

Borboto gradação; no cinza a finta.

Cinta é colorida; nó picoto.

Devoto-me à obra; coisa absinta.

Sucinta admiração, mas não me esgoto.

Arroto estrelas; obra é distinta.

Sinta-me dentro da arte que piloto.

Denoto-me perante o céu da quinta.

#ordonismo

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 07/08/2020
Código do texto: T7028410
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.