O muro da quinta
Tinta; é tanta tinta! O muro noto.
Boto meus olhos, coisa que requinta.
Printa uma efígie, tão logo a decoto.
Broto junto; minha alma é faminta.
Extinta a escória; agora bela foto.
Adoto a cor; meu ser então se pinta.
Tilinta o coração; de encanto loto.
Borboto gradação; no cinza a finta.
Cinta é colorida; nó picoto.
Devoto-me à obra; coisa absinta.
Sucinta admiração, mas não me esgoto.
Arroto estrelas; obra é distinta.
Sinta-me dentro da arte que piloto.
Denoto-me perante o céu da quinta.
#ordonismo
Uberlândia MG