ENTRE MONTES
Em cada andança dessa minha vida,
Qual dança, desce inspiração de sobra.
Sobranceando o rosto com tal obra,
Contemplei a beleza em pedra viva.
Vi várias curvas d'água, tão fluídas,
Nas idas seu chiado em rio faz dobra.
Serpenteando os vales feito cobra,
Com os braços tendo câmera escondida.
Filmei tal cena. O verde florescendo,
Nas cascatas que a casca está fazendo,
Cavernas raras, que vão se esculpindo.
Gigantes rochas, pontas onduladas,
Sem auxílio de mãos foram criadas.
Obra-prima que espelha esse Deus lindo.
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E a mestra CREUSA LIMA já havia dois maravilhosos sonetos sobre o vídeo. Segue abaixo os dois poemas:
PARAÍSO - Creusa Lima
Paraíso de águas e paredões
Intocada maravilha e beleza
Rios estreitos de funda realeza!
Mata de relva fresca em condões.
Cachoeiras bravias aos turbilhões
Corredeiras... furnas em profundeza
Penhascos de arenito e agudeza
Onde as aves louvavam as monções.
Suspiros de devoção natural
Muda contemplação de olhar retido
Quanto encantamento incontido!
Dali, se ouvia Deus, num eco divinal
Nas montanhas, onde as nuvens colgadas
E na luz do sol de tranças douradas!
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PLANETA ADMIRÁVEL - Creusa Lima
Montanhas, rios, furnas... de emudecer
Contemplo o céu na ponta dos granitos
Corro pela estrada ao eco dos gritos
Rio que desce feroz ao entardecer.
A estrada serpenteia sem ceder
Os pássaros e saguís tão aflitos
Fantástica beleza entre os atritos
Alpes arteiros impõem seu poder.
São depressões de beleza afável
Estou sem fôlego e emocionada...
Divina criação - quase intocada.
Encantos num planeta admirável
Calei diante de tanta magia
Que fascinada pude ver um dia...