FILHOTE DE SONETO
Silva Filho
Ponho linhas e entrelinhas na proveta
Gerando um filhote de soneto
A sorte é por conta do amuleto
Que há tempos não saía da gaveta!
Cresce o soneto agarrado numa teta
Com o fundo musical dum chico-preto
Logo se forma um pequeno esqueleto
Assediado por uma borboleta!
Esse filhote logo alcança a puberdade,
E no papel... exigirá sua liberdade
Para versar sobre os mais diversos temas!
Não há como tolher sua vontade,
Porque o verso quando tem maturidade
Deita e rola engendrando seus esquemas!