Silêncio imposto
Do coração brotaram sutis lágrimas
Endossadas pelo aperto, não do abraço
Mas do embaraço vindo de máximas
As tais áridas inverdades de certo laço
Nó sem graça esse da garganta à alma
Do tropeço ao acaso no verbo errado
Que desassossegou toda aquela calma
Que dava sentindo ao lindo achado
Por que fizestes tamanho silêncio
Na minha certeza tão plena
De um amor inocêncio?
Não sei de coisa alguma, senão escureço
E o frescor gostoso de açucena
Se esvai de forma que não mereço.
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