Teus olhos

Teus olhos não são de verde mar.

São de mel, tão doces, tão teus…

São tão daquela que mais pude amar,

São sensíveis, mas tão brutos quanto os meus.

Neles vejo meu maior sonho se realizar…

Da ansiedade do amanhã, os vejo a se apagar.

Teus braços os estendem e se enlaçam ao pescoço meu,

Como se o meu destino fosse puramente teu.

Teus olhos desabrocham radiante logo tão cedo.

Tão exigentes e carinhosos, que esqueço de mim.

Me cura e me perturba, tanto que intercedo.

Ai! de mim, se não tivesse esse olhar… Pobre de mim!

Sem alegrias pereceria em tão triste desenredo.

Em ti somente o amor fraterno, singelo, sem qualquer segredo.

Luciano Calheiros Lapas
Enviado por Luciano Calheiros Lapas em 02/08/2020
Código do texto: T7023965
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