MAL SECRETO (soneto)

Se o vazio que sente, na saudade que mora

No peito, e sufoca cada gesto recordado

Cada olhar do passado, que a dor devora

Pouco será a imensidão do vasto cerrado

Pra que se possa ecoar tal tristura sonora

A sensação que chora, e a lágrima da face

Que escorre, e que chameja a toda hora

Na recordação, sem que haja desenlace

Se se pudesse, do ser a ventura recrear

Da alma só felicidade então aí dimanar

Tudo seria melhor neste amor inquieto

Mas, está cólera que espuma, e jorra

Da ausência, e a solidão que desforra

Nos cala, e estampa um mal secreto...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2020, 01 de agosto – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal do YouTube:

https://youtu.be/n2npsIxrwXo

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/08/2020
Código do texto: T7023458
Classificação de conteúdo: seguro