ESFINGE
Lílian Maial
Quem dera? Que desdém! Tu és reinado
de um - e apenas um - rei nessa história!
Se a Musa é a quimera ou é o pecado,
é a espada do destino a divisória!.
Segredo deve ser bem desvendado,
e os meus não dão a mão à palmatória.
Se há um só relance aveludado,
Eu deixo escapulir nesga irrisória!
A minha reclusão tem seus motivos,
Os dotes do meu templo são cativos
àquele que, nos sonhos, comemoro,
E faz do seu cantar rastro e caminho,
aprende que a charada é o meu carinho,
pois se não me decifras, te devoro!
**********