Água Ardente

Queria voltar aos tempos bons e antigos

Por mais que este sonho seja hoje estranho

Sentir a paz dos teus olhos castanhos

Seria um alívio ante ao caos que abrigo.

Desta vez, evitaria o próprio umbigo

É ele o ventre da decepção em rebanho

Do arrogo um murro e do tombo o tamanho

Que endossam a embriaguez da vida, amigo.

Não é a vida um baú tosco e indiferente

Onde o perdão é o egoísmo (por completo)

E a culpa é a justiça em largo instante.

Queria voltar ao ontem q'ainda hoje é ausente

Pra dar-te um abraço e não um soneto

que só realça a dor se dela é o ocupante.

Elton Otoni
Enviado por Elton Otoni em 31/07/2020
Código do texto: T7022203
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