‘Infinitassílabo’

Caneta pega a mão, um poema laça.

_Faça um soneto; tipo: outro planeta.

Maçaneta a girar, alma se espaça.

Taça sabor, leveza borboleta.

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Caderneta não cabe; papel caça.

Vidraça se abre; essência é veneta.

Corneta de anjos, nuvem esfumaça.

Arruaça de versos, pirueta.

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Gaveta poesia que me abraça.

Embaça minha vista qual cegueta.

Ampulheta do meu amor: uma graça!

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Devassa me faz; quase uma ninfeta.

Cometa tantos verbos, letra escassa.

Traça o ‘infinitassílabo’ porreta.

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#ordonismo

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 30/07/2020
Código do texto: T7021730
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