A razão do desespero
Ah, mortificação cruel desta alma,
Tempestade de dor que não se acalma!
Se, ao menos, estivesse ela comigo!
Não resta a mim sequer o bom amigo...
Sou um miserável, não mereço a palma!
Talvez cause o machado a eterna calma...
Mas, ai!... morrer não quero, em frente sigo!
A pujança da vida ainda bendigo!
Mas esse desalento que me invade,
Como se o amor já não mais existisse,
E o desespero fosse o meu destino...
Por que tanto sofrer, oh Divindade?
É pra se ouvir aquilo que o homem disse
E levar a cruz feito um paladino?!...