Teus olhos

teus olhos, esses olhos, são pretos como a noite,

tem a força castigante, semelhante a do açoite

é um brilho que encandeia como sol do meio dia

longe deles é privação, é a escuridão ceifada de alegria.

é o brilho, é a cor ou é como penetra, não sou capaz de afirmar,

eles veem, como ninguém, o que só eles podem enxergar,

sou translúcido, eu sou um prisma, invejo aquele que esconde

só sei que me prosto, nao sei o que mostro, nem quando, nem aonde

é estranho, é curioso, como deles sinto a falta

eles são, portadores de confusão, disso tenho certeza,

alegria, saudade, amor, é revolta, mistura que do peito salta,

você olha pra mim, enxerga até o fim tudo aquilo que é nosso,

dominas minha fraqueza, tens na mais garantida firmeza,

de que tudo que podes ver, mesmo sem eu querer, te negar não posso.