SONETO DOS AMANTES
O imenso vazio da distância
Não preenche a lacuna da saudade
Pontilhada pela dor da esperança
De apenas sair da obscuridade
O segredo mantido na alcova
É o perigo que aquece a emoção
É a energia que a vida renova
Quando cala-se a voz da razão
Mas quem ama se arrisca nas sombras
Nas madrugadas ou à luz do dia
O tempero do amor é a aventura
E se o Cupido que da vida zomba
Tenha atirado sem muita maestria
Aos amantes sempre dá cobertura
Cleusa Piovesan
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