ADOLESCÊNCIA
Menina-moça, diga-me aonde vais
Com essa pressa de ser uma mulher?
Deixe o barco aportado no cais,
Não se perca em um sonho qualquer.
Aproveite a doce adolescência.
Que é efêmera e não volta jamais.
Os seus desejos de independência
São fugazes, haverá outros mais.
Não relegue experiências de agora
Pelo adulto que um dia vai ser,
Não ofusque as luzes da ribalta,
Nem despreze as vivências de outrora.
Da criança que havia em você,
Sentirás no futuro muita falta.
Soneto publicado no livro não diga que a poesia está perdida (2016)
Cleusa Piovesan
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