NÃO VOU IR, AINDA NÃO!

Oh, além! Diga-me o Porquê, que me chamas?

Eu não vou ir, agora não! Eu não quero ir!

Por aqui, minh’alma ainda estar a sorrir,

Finda missão, irei! Pois, eu sei que me amas.

Eu ainda divido-me em muitas somas...

Não sinto que seja hora de partir,

Há quem dependa do meu dividir.

De doar-me, tenho grandes sintomas.

Do outro lado da vida, exultarei!

Enquanto por aqui, servirei assim...

Somando aquilo que eu dividirei.

E bem na hora que o céu se abrir, enfim,

O fechar do meu ciclo, enxergarei,

Mas na eternidade, nada tem fim.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 27/07/2020
Código do texto: T7018683
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