NÃO VOU IR, AINDA NÃO!
Oh, além! Diga-me o Porquê, que me chamas?
Eu não vou ir, agora não! Eu não quero ir!
Por aqui, minh’alma ainda estar a sorrir,
Finda missão, irei! Pois, eu sei que me amas.
Eu ainda divido-me em muitas somas...
Não sinto que seja hora de partir,
Há quem dependa do meu dividir.
De doar-me, tenho grandes sintomas.
Do outro lado da vida, exultarei!
Enquanto por aqui, servirei assim...
Somando aquilo que eu dividirei.
E bem na hora que o céu se abrir, enfim,
O fechar do meu ciclo, enxergarei,
Mas na eternidade, nada tem fim.
Ênio Azevedo