ESPERA (modificado)
Eu vou amar-te, às revoadas mais seguras,
pelos jardins desabrochando flores alvas...
Vou semear e verdejar as terras calvas,
com a alegria de aleluias, santas juras...
Hei de querer-te à plenitude, sem ressalvas,
no iluminar das auras, fachos de canduras...
Ser todo o encanto das carícias e ternuras
que exalaremos, salpicando em almas salvas...
Falar do belo e amor em versos e pintura...
Dobrarmos Vênus, sermos dois Estrelas D'alva
e, pelo ar, lançarmos pétalas de malva,
que, à nossa luz, terão total condão de cura...
Só peço ao Céu que cuide bem de meus haveres,
para que espere, vigoroso, tu nasceres.