Acabou
Em mim estranho um sentir emana
Quando alto no zênite o sol irradia
Calor que o meridiano inflama
Fazendo plenas as formas do dia
Com o punhal sujo deixei a moradia
Do ciúme que monstruoso exclama
Em minha mente constante estadia
Mas Acabou! Acabou do odio a flama
Deito-me com o punhal no peito
Na brava relva que olha para o rio
E o desenterro com dificuldade
Há sangue terra, meu gentil leito
Mas lembro de tua forma e sorrio
Rumando finalmente a eternidade