TOCAIA (soneto)

Ao sopro do vendaval no cerrado

No céu azul da vastidão do sertão

Segue veloz os sonhos do coração

Entre os uivos do já e do passado

A quimera, se acautela na ilusão

Prudente, contra o sentir errado

Tenta equilibrar estar apaixonado

Pra não sufocar a sofrida emoção

Na procela no peito esganiçada

Brami uma dor abafante e escura

Que perambula pela madrugada

E, em aflitivos véus da sofrência

Dando-lhe, assim, ar de loucura

No amor valência é ter paciência

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

24/07/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/38FhNKqAAWU

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 24/07/2020
Reeditado em 24/07/2020
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