VERSAR MORIBUNDO (soneto)

Tome, solidão, está espada, e.… fira

Meu sofrente coração, tão azarento.

Que importa a mim ter árduo lamento

Se a sorte no destino é persistente ira

Ah! .... emoção lacrimosa e funesta lira

Que ao vazio regi, mirrando o momento

Que esbroa o plural tramite do alento

Polvilhando no peito essa dor tão cuíra

Ó silêncio! Que vem musicar saudade

Troando a minha vida em tempestade

Na aberração do infortúnio fecundo...

Mas a atormentada trava da teimosia

Infeliz. Catuca a inspiração da poesia

Sangrando o meu versar moribundo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

24/07/2020, 09’12” – Triângulo Mineiro

Vídeo, Canal no YouTube:

https://youtu.be/4f9grfVyBF8

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 24/07/2020
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