PESADELO
Pedi sonho e recebi pesadelo.
Vagava eu no mais escuro breu,
Por onde o cão, suas botas perdeu,
Num frio de arrepiar o cabelo.
Acordei, o colchão estava um gelo.
Cobertor? A muié usava o meu.
Graças dei quando o dia amanheceu,
Com aquele Sol! Que delícia vê-lo.
Café tomado, vamos chegar junto,
O problema agora é falta de assunto.
O que dizer se nada perguntou.
Para que lado a roda vai girar?
Decidir se é pra rir ou pra chorar,
Só se souber o nome do defunto.
( Em resposta ao poema Intúito de Resposta, de fcunha lima )
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==INTUITO DE RESPOSTA===
A cada novo encontro é bom sorrir,
Mostrando ao mundo nossa poesia,
Sorrir, por que sorrir é alegria,
Portanto a alegria descobrir.
Que o verso tenha o seu real porvir,
Pela verdade, ou pela fantasia,
Que a rima rica quando se irradia,
Ensina o poeta a extrair,
Do verso ou do soneto que ele narra,
Em cada rima que o verso amarra,
Iremos conseguir o nosso espaço.
Caso o poeta envie novo soneto,
Depois de ler, o que assim prometo,
É lhe mandar um verso e um abraço.
Agradecendo ao poeta Jota. 21-07-2020.
Fernando cunha lima
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O homem não deixa nada sem resposta:
==O FRIO DA MADRUGADA ===
Morro de frio sempre as madrugadas,
Como nas costas carregasse um peso,
Minha lareira com o fogo aceso,
Também mantém a boca ressecada.
Na certa ele vem da invernada,
Deixando os meus pés assim reteso,
Enquanto o frio a me deixar surpreso,
Exigem uma manta encorpada.
Pesado e grosso este cobertor,
Ajuda a conservar todo calor,
Gerando sobre mim uma centelha.
Porém se continua este frio,
A causa sempre foi leito vazio,
Só me falta um cobertor de orelha.
Fernando cunha lima 22-07-2020. Respostando o mestre Jota.