Lágrimas da alma
Há dias em que a vida nos nega um sorriso.
Dias cinza, apesar da imensa claridade.
A tristeza nos cerca sem nenhum aviso,
E, no coração: aflição e ansiedade.
Nesses tempos de extrema dor e escuridão,
em que o alicerce parece desabar,
seguimos em nossa sensível solidão:
permitimos ao espírito se entregar.
O dia se despede; a alma se esvazia.
Porém um feixe de luz consegue escapar:
da nova existência se esvai toda agonia.
E nessas constantes vicissitudes da vida,
Em que uma lágrima for da alma rolar,
Que a esperança seja mais uma vez sentida.
Luisa Garbazza