OS TRANSPONÍVEIS
“Na Era dos Espantos”
Há percursos, há vias, veredas ou caminhos,
A que os humanos dão o nome de transponíveis,
Com circunstâncias mil, agrestes e sensíveis,
Ornadas por espanto, enfeitadas de espinhos.
A cada hora e a cada dia, são visíveis
Por todo o lado os mais variados desalinhos,
E é estranha a perda de valores e pergaminhos
Com galardões de sentimentos perecíveis…
Crianças, adolescentes, adultos e idosos,
São eles os agentes destas caminhadas,
Avanços e recuos em todas as madrugadas
Galgando transmissíveis sempre audaciosos.
P´ las vitais sendas, incontáveis, só mistérios
Qualquer que seja o horizonte e a direcção,
Não se sabendo ao certo a justa proporção
Em se cumprir nos sonhos todos os critérios.
Galgar os transponíveis com alma e com espanto
Transforma o ser da Vida num jardim de encanto!
Frassino Machado
In AS JANELAS DA ALMA