SONETO À UMA MULHER
Saibas que te amo, aurora, amo-te tanto
Que o meu coração dói como faz doença
E, enquanto a dor só nasce em mim intensa
Mais cresce em minha mente teu encanto
Feito a ideia que vai crescendo – tal pranto
Antes do sol azul, a lua suspensa
Sim, minha alma é um vago, um extremo manto
Que versa versos de solidão imensa.
«Não é maior o coração que a alma
Nem melhor tua presença que a saudade
Amar-te já é divino e a mim acalma...»
Tal é a calma cheia de honestidade
Jamais vista em lugares nem comparada
Mas trago-ta como sinal, ó amada.
Ximbulikha