UM MEDO EM COMUM

Rasgadas faces impávidas

Toscos luxos sem valores

Diante abruptos dissabores,

Medo nas mentes ávidas.

A morte declara-se grávida,

Os corpos sentindo calores,

Ricos com seus desvalores,

E o mundo pasmo em dúvida.

No nascer do medo coletivo

Nasce também o descaso

E o direito torna-se seletivo.

Nada nesta vida é por acaso

Para tudo, há um motivo,

Menosprezar o risco é atraso.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 19/07/2020
Código do texto: T7010619
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