RESPIRO DUM ONTEM
Saudade... de todo o verde que atapeta os caminhos...
Do frescor tão renascente das auroras das manhãs
Do pomar de toda terra, do perfume das maçãs
Dos cantos de paz reinante nas vozes dos passarinhos.
Saudade... das texturas em tenaz plasticidade
Nas telas da natureza sempre irreprodutíveis...
À tangência a flor da pele dos sóis em virgindade
Florescentes dentre rochas de horizontes intangíveis.
Saudade dos perfumes, dos respingos das florestas...
Hoje lágrimas dum orvalho à vida ressuscitar
Das farras das cachoeiras nas vertentes das suas quedas
E das folhas que navegam nos rios, sempre a brincar...
Saudade do respiro de toda a vida em primavera!
Ao abrir suas vias aéreas para o ar poder entrar.