SICLOS DE VENENO

Ontem, desconhecida cobra rastejante

em um deserto de maus pensamentos,

picou-me com seu veneno inoculante,

neutralizado por um breve momento.

Tu, cuja estricnina na língua dissolves,

e no caldeirão desta febre de malícia,

montes podres de despudores envolves,

com doce perfume intrigante enfeitiças.

Na eira do pensamento em que habitas,

só há a maldade que logo cedo fenece,

na fala irresponsável das tuas desditas.

Se só me lês para produzir vã discórdia,

e tua descendência com zumbis parece,

teu ópio é vitamina para a nossa história.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 16/07/2020
Reeditado em 23/09/2020
Código do texto: T7007383
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.