ELA É UMA PASSARINHA
Ela vem como uma ave liberta,
Construindo manobras na sua fala.
No sertão, a seca seu canto conserta,
Chamando a chuva que a vida reinstala.
E vem como uma ave do litoral,
Levantando seu voo pelas 32 aldeias,
Trazendo esperança, expulsando o mal,
Como o Guarapirá, fonte de ideias.
Ela é o poema indizível, nunca escrito,
Nunca declamado, nunca mostrado,
É um poema quase deus, quase mito.
Angelicalmente, voa tão bonito,
Parando no meu verso consagrado,
Que, ao vê-la, voa com ela no infinito.