Minha alma suplica


Foram perdulários os sonhos desta vida.
E minha fonte inesgotável de versos,
Derrama ao espaço desta alma contraída
Onde viceja a flor de outros recessos,


Poemas que passam sem ter a acolhida
Daqueles olhos refulgentes, que outrora
Ávidos, perscrutavam páginas relidas;
Hoje presas ao exílio sem aurora.


Agora, imploro a você que me escuta
Que sente minha alma, trôpega nesta luta;
Venha e transforme-a em sua dileta.


Então eu juro que esqueço, abandono
As raízes do passado, de um sonho sem sono,
E juro que não tentarei mais ser poeta.