Torrentes
Opacos teus seixos sequer rutilam
Ao zênite flâmeo do sol mais forte
São uivos que teu leito destilam
Passando co'o manto de morte
Umbrosos tons que teu seio agitam
Aniquilando qual o vórtice norte
Amantes cegos que em ti transitam
Em maldição de teu excelso porte
E eu, vendo-te ainda, beijei teu manto
Submergi no caos de tuas mágoas
Fundindo-me em ti deliberadamente
O solo fero, teu inimigo, no entanto
Tragou a serra onde rolavam águas
Matando-nos simultaneamente..