NA ​​BOCA DA NOITE
Ysolda Cabral 


Na boca da Noite cantigas de acalanto,
Que o Vento leva para bem longe daqui.
Na boca da Noite rezas para os Santos,
Que escutam e guardam todas para si. 

Na boca da Noite o perfume e encanto, 
Da Poesia que, não compus, a me sorrir,
Como a me fazer pouco e, no entanto,
Sei que ela está em mim e há de florir!

Tento ignorar, por ora,  a provocação, 
E, de pirraça, me deixo ficar indiferente.
Mas, ela sabe o poder de sua sedução.

 Aí começo a compor versos reticentes,
Bem no compasso do meu coração,
Que, mesmo sozinho, bate docemente.  

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Apenas Ysolda
Uma pessoa que chora e ri de alegria,
Tristeza, ou saudade sem pudor.

* Imagem ilustração Google