Só no infinito


A saudade que de mim se transpira,
Emanando essências pelo ar,
Reflete bem se vê o debutar,
Deste ser que em versos suspira.


Proclamo a musa que foi inspirar,
Um trovador que almeja, aspira,
Decanta-la, através da lira,
Deixando meus versos, sem rumo a vagar.


E minha alma que falou tardia,
Abrindo-se com pejo, em tom de fantasia;
Se cala ao espaço do pouco dito.


Os versos transcritos, que fiquem a esmo,
São poemas, trovas, que falam de mim mesmo;
Seu satélite, perdido no infinito.