BAZAR DO AMOR
Amores achados, amores perdidos
Como num bazar em meio a retalhos...
Estão despedaçados, doloridos,
E todos querem esses espantalhos.
São feitos de dores e decepções
Com generosas doses de tristeza,
Melancolia, medos, traições,
Mas o desespero mostra a beleza
De um Frankenstein todo remendado
Que juntou pedaços de ilusões
E quer novamente ser remontado.
Para magoar, ferir o coração
Que já bate todo descompassado.
Compra utopia por consolação!
Cleusa Piovesan
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