SONETO DE ALERTA

A dor raspando-lhe a carne magoada

Manchas roxas de seu demasiado amor

Desbotadas, desculpa esfarrapada...

No reflexo do espelho vê o terror

Dias e noites em desespero total

Na insegurança de o esperar

Ela se encolhe, como um animal

Ferida, espera o dono a acariciar

Foram tantas vezes que perdeu a conta

Mas não importa, ele se arrependeu

E da violência já não tem memória

É mais um jogo que a mente apronta

Cria o círculo da dominação

E se apaga só mais uma história

Cleusa Piovesan

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Cleusa Piovesan
Enviado por Cleusa Piovesan em 13/07/2020
Código do texto: T7004640
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