SONETO DE ALERTA
A dor raspando-lhe a carne magoada
Manchas roxas de seu demasiado amor
Desbotadas, desculpa esfarrapada...
No reflexo do espelho vê o terror
Dias e noites em desespero total
Na insegurança de o esperar
Ela se encolhe, como um animal
Ferida, espera o dono a acariciar
Foram tantas vezes que perdeu a conta
Mas não importa, ele se arrependeu
E da violência já não tem memória
É mais um jogo que a mente apronta
Cria o círculo da dominação
E se apaga só mais uma história
Cleusa Piovesan
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