A SAUDADE AZUL
A tal saudade, adolescente cruz,
No peito pesa e a trajetória segue,
E faz que assim, no escurecer, eu cegue.
Eu não entendo o derramar do pus.
Mas para que eu, desse pesar, segregue,
Um brilho azul, na escuridão, reluz.
Contemplo, assim, a incandescente luz,
Fazendo, pois, que a confiança, eu regue.
O nosso amor, por conseguinte, entorna,
Feliz presença, de repente, torna,
Mandando a ausência, eternamente, embora.
Na grande Estrela, eu buscarei, faminto,
E o seu abraço, encontrarei, pressinto,
Na luz azul, que resplandece, agora!